sábado, 24 de janeiro de 2015

POR QUE TEMOS DIFICULDADE EM MUDAR?

POR QUE TEMOS DIFICULDADE EM MUDAR?

Posted 1238 dias ago by 
Você já deve ter sido assaltado muitas vezes pela sensação de total paralisia diante de um obstáculo pessoal, certo?
Lar, doce lar!
Mesmo sabendo a resposta ou o melhor passo você já sentiu que algo o constrangia por dentro a permanecer parado. Uma força quase “demoníaca” o agarrava pelo colarinho congelando suas ações.
Sabe aquela sensação antes do primeiro beijo?
Meditei muito sobre o que nos faz realmente ter medo da mudança e passei a observar os pais e suas crianças pequenas.
Naturalmente o mundo da criança é cheio de descobertas. Ela nasce completamente passiva e rendida a algumas habilidades básicas e orgânicas e é colocada num furação de revelações.
Andar, controlar esfincteres, falar e se mover com graça. Coisas que fazemos com tanta naturalidade são verdadeiras sagas para um bebê.
A grande questão surge no processo de maturação emocional.
Na relação com os pais surgem alguns embates típicos do crescimento.
Depois de passada aquela fase graciosa que a criança simplesmente obedece tudo começam os problemas.
A criança quer se movimentar, agir, importunar, mexer, chacoalhar, bater e quebrar a realidade à sua frente.
No entanto seus gestos são sempre bruscamente interrompidos e cerceados pela vontade de um adulto.
Já é famosa a ideia da quantidade de NÃOS que uma criança recebe.
O problema é mais delicado, pois interrupções e frustrações são acontecimentos naturais da vida comum, mas na cabeça da criança ela fará uma associação inconsciente desastrosa.
“Se eu me mover (e mudar) muito serei repreendido e não amado pelos meus pais.”
A mudança passa a ser vista como algo indigesto. O risco de perder a estima dos pais passa a ser maior do que o risco da descoberta. Não compensa.
Essas sucessivas reafirmações de poder que se exerce sobre a criança produz uma pessoa menos inventiva, criativa, mais passiva e conformada com o status quo.
Mudar é sinônimo inconsciente de ausência de amor. A estabilidade e o que permanece igual garante o amor.
Por isso tememos quando os cenários e as pessoas mudam, pois inconscientemente já assumimos a posição de que mudanças são fenômenos indesejáveis. Nós também passamos a repreender mudanças e sustentamos um mal estar quando os outros mudam, e chegamos a perder o amor por elas.
“Você está tão diferente…” Essa frase dita em tom triste poderia ser vista de tantas formas.
Sequer nos perguntamos o que proporcionou a demolição positiva daquela pessoa. Partimos do pressuposto que ela não irá nos amar, porque na nossa cabeça o amor é estático.
O amor que desejamos e alimentamos congela as pessoas ao nosso redor com ciúme, possessividade, chantagens e outros artifícios.
O mais alarmante é que essa inibição foi iniciada na infância, no entanto ela e é perpetuada em nós, por nós e nos outros.
_____
PS: Os pais perguntarão o que devem fazer com as crianças quando elas tentarem destruir a mesa da sala. Canalize os impulsos dela em outra direção (ou se estiverem a fim descobrir a mesa da sala junto), ou seja, os pais são convidados a mudar a cada movimento e mudança dos filhos. O desapego de si mesmo pode garantir algum sucesso na arte de educar os filhos.

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