Há uma questão perturbadora que muitas vezes preferimos ignorar, mas o fato de completarmos 18 anos não muda em nada nossa verdadeira capacidade emocional. Podemos colocar roupas adultas e pagar as contas, mas nossa forma de resolver uma questão pode seguir precipitada, imatura e cheia de problemas práticos.
A falta de maturidade pode ser mascarada quando você está de férias, em um primeiro encontro amoroso ou quando está diante da TV. No entanto, ela começa a se revelar quando precisa tomar uma decisão importante, está sob pressão no trabalho ou em uma interação com a pessoa amada. A máscara fatalmente se desmontará diante de uma dívida, crise conjugal, rejeição profissional ou questão de vida e morte. Diante de um aperto o imaturo vai revelar sua pior faceta e se mostrar tal como negava ser até então.
Para saber se você é imaturo observe como age uma criança de até sete anos de idade. Se você age como uma versão grandona da criança, então age de forma infantil. Mas como ela age, Fred? Querendo ser o centro das atenção, falando precipitadamente, sendo teimosa, agindo sem pensar e sem conseguir se colocar no lugar dos outros. O cérebro dela não está preparado, não é culpa dela, mas o seu já está “plenamente” desenvolvido. Logo sua responsabilidade aumenta.
Imaturidade emocional é um tipo de fixação num determinado jeito de ser em que a pessoa perde a flexibilidade para agir sem as reações típicas. Para qualquer mudança ela sempre diz “é difícil, né?”, “é demorado…”, “eu já tentei e não funcionou”. No fundo, não tentou nada de verdade, fez como o sujeito que quis treinar abdominal, mal fez o primeiro movimento e já desistiu. O que a pessoa imatura tentou de verdade? Quase nenhuma mudança consistente, tentou duas vezes, não deu certo, virou de lado e falou que o método é inútil. Daí segue desiludida dizendo que com ela nada funciona.
O tipo de solução que uma pessoa infantil cria tem resultado breve, perecível e aumenta o problema de longo prazo, ao mesmo tempo que sustenta uma sensação falsa de vitória, já que tudo é impactado por uma emocionalidade rasa de “deu certo!”.
As saídas imaturas buscam diminuição imediata da pressão interna e têm pouca resiliência para enfrentar o núcleo verdadeiro do impasse. É quando a pessoa reage de forma parcial e imediatista, tentando apagar um incêndio jogando gasolina sobre ele.
E você, se sente uma pessoa imatura?
E você, se sente uma pessoa imatura?
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