TEMPOS DIFÍCEIS
Vivemos tempos complicados nessa sociedade ansiosa, se não nos decepcionarmos com os outros dificilmente não nos decepcionaremos com nós mesmos. O protagonista do romance o “Vendedor de Sonhos” questiona: quem não trai o tempo com seus filos com mais horas trabalhadas? Quem não trai seus sonhos pelo excesso de trabalho? Uns traem o deus em que creem com uma religiosidade exclusivista, outros traem a ciência ao controlar seus pares, e outros ainda traem sua criatividade para se abrir para novas ideias. Os tempos mudaram, a medida que as crianças sofrem menos trauma em sua infância devido a propagação dos direitos humanos os traumas do presente ganham destaque para promover o adoecimento psíquico. Por estudar a teoria das janelas da memória estou seguro em dizer que não precisamos de um passado doente para sermos doentes, basta viver nessa sociedade estressante e competitiva, sem aprender a ser um gestor do intelecto e sem decifrar o código da resiliência para adoecer. As crises financeiras podem ser tão dramáticas quanto os traumas da infância. Alguns faliram uma vez, perderam seus nomes, sentiram se profundamente envergonhados, desanimados e desacreditados por eles mesmos. O eu deles foi para a plateia, tornaram-se expectadores da vida, nunca mais assumiu seu papel no palco psíquico. Outros faliram uma, duas, três ou mais vezes, foram marcados, excluídos, zombados, mutilados socialmente, tachados irresponsáveis, mas não se curvaram mesmo sem forças não se tornaram escravos de suas derrotas, deramum choque de gestão em suas mazelas, entenderam que nenhum ser humano ou nenhuma empresa é digna do sucesso se não usar seus fracassos e vexames para conquista-lo. Quanto maior o tombo que sofreram mais garra tiveram para se superar. Aprenderam a não destruir e nem se autodestruir quando feridos, fizeram intuitivamente a técnica do stop introspectivo, aprenderam a pensar antes de reagir. Sob o calor da paixão alguns bradam: “encontrei minha cara metade” tempos depois foram abandonados, golpeados, traídos. Quebraram a cara, destruíram suas expectativas, estilhaçaram seus sonhos efetivos. O que fazer? Desesperar-se? Não! Ferir quem feriu? Jamais! Punir-se? Não! Ser resiliente e desprendido, dar liberdade para pessoas que feriram partirem. Dizer com elegância algo assim: se não me quer, eu me quero. Se não me ama eu me amo, seja feliz porque lutarei por mim e procurarei ser mais feliz do que era. Só uma pessoa de grande estatura resiliente dá plena liberdade para as pessoas o abandonarem. Quem não dá liberdade aos outros, jamais encontrará sua própria liberdade. Quem controla os que estão próximos será sempre escravo de sua própria insegurança. Quem tem ciúme excessivo ou medo de perder algo ou alguma coisa já perdeu, perdeu a dimensão de seu próprio valor. Os que decifram o código da resiliência conhecem a si mesmos, fazem da sua existência um espetáculo inigualável.
1 – Ter consciência que a vida é cíclica, não há sucesso que dure todo tempo e nem fracasso que seja eterno, aplausos e anonimato alternam-se de múltiplas formas.
2 – Treinar diariamente a enfrentar obstáculos, barreiras, dificuldades, crises com flexibilidade, maleabilidade, reflexibilidade.
3 – Saber que as decepções e as adversidades nos constroem ou nos destroem, usa-las para se reconstruir.
4 – Ter Plena consciência de que ninguém é digno da saúde psíquica se não usar suas crises, angustias, fobias, humor depressivo para destila-la.
5 – Ter sapiência diária que nenhum ser humano ou empresa ou instituição será digna do sucesso se desprezar suas derrotas, vexames, percalços, acidentes de percurso, aprender a escrever nos dias mais dramáticos de nossa existência os capítulos mais importantes de nossa história.
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
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