Controle emocional
Controle emocional
Cada paciente que vem a minha clínica em busca de controle emocional chega contando um problema diferente. Um, apesar de ter boa formação, não consegue engrenar na carreira, procura emprego exaustivamente e nada dá certo. Outro só fica acumulando desaforos alheios, não sabe reagir e, quando se dá conta, acaba explodindo de forma que a situação fica ainda pior. Outro se sente mal com ele mesmo desde que acorda até a hora de ir dormir. Outros têm dificuldade em ter relacionamentos legais, sofrem com a solidão.
Todos, entretanto, têm um ponto em comum: estão sendo conduzidos por emoções muito ruins e não conseguem sair dessa situação sozinhos.
Vou contar pra vocês como e porque é que se cai nessas armadilhas. Primeiro vamos falar do cérebro. Vamos falar um pouco de neurociência, mais especificamente neuropsicologia.
Antigamente se pensava que nosso cérebro se desenvolvia até uma certa idade e depois se mantinha fixo pro resto da vida. O que imperava era o ditado: “Não se pode ensinar truques novos para cães velhos”.
Mas hoje já se sabe que o cérebro da gente se reestrutura o tempo todo. Cada vez que você vive uma emoção forte, as células do seu cérebro desenvolvem uma conexão, e essa conexão vai ficando cada vez mais forte conforme você repete aquela emoção, e vai ficando cada vez mais provável repetir aquela emoção porque você construiu uma conexão praquilo em seu cérebro. Isto é a aprendizagem. E quanto maior a emoção, mais forte fica a conexão.
Isso significa que se em algum momento da sua vida, por exemplo, você se sentiu vítima, cada vez que você repete o sentimento de vitima vai ficando cada vez mais fácil você se sentir vitima em novas situações, mesmo que você não tenha sido vitimado, ou seja mesmo que nada esteja acontecendo você vai se sentir vitima. Se você foi agredido algumas vezes, vai ser mais fácil sentir-se agredido, mesmo que não tenham sido tão agressivos assim com você. Isso é o que se chama memória associativa.
Você associa as coisas que estão acontecendo agora com você com as que aconteceram no passado, e muitas vezes não tem nada a ver uma coisa com a outra.
O problema dessa memória associativa é que quando a gente percebe algo que está acontecendo agora, no presente, a gente leva em conta a informação que já estava guardada em sua memória emocional e a gente passa a lidar com atual como se fosse o passado. É por isso que é fundamental fazer uma revisão dessas suas idéias, dessas crenças disfuncionais, dessas percepções e sentimentos ruins, porque aí sim, você vai mudar sua vida.
O que te ajuda a sair dessas emoções tão negativas é a revisão da sua cabeça, e a terapia serve pra isso, você repassa todas essas conexões e encontra os pressupostos que estavam enterrados e que estão disparando suas reações automáticas por meio desse processo chamado memória associativa.
É possível quebrar essas cadeias de associações, e a chave está na capacidade do nosso cérebro em formar novas conexões neurais. Por isso é importante saber que seu cérebro não está estacionado, ele pode formar novas redes neurais, ou seja novas idéias, novos conceitos e novas formas de perceber e interpretar o mundo, ou seja, se você é do tipo que se sente uma vitima, que não consegue falar em publico, ou fazer amizades, morre de depressão porque acha que vai morrer sozinho, que nunca vai encontrar um companheiro, ou o que for que você esteja vivendo, saiba que, com certeza, você tem condições de mudar isso tudo, mudando seus pensamentos você forma novas sinapses em seu cérebro e você passa a funcionar de uma nova forma e melhor.
Quando você coloca ordem em seu funcionamento cerebral você fica mais criativo, aprende mais rápido, melhora na escola, tem mais estabilidade emocional, tem reações mais rápidas e melhores, e a chave pra isso é trabalhar os seus pensamentos, rever suas crenças internas e reelaborar seu conteúdo mental. Assim você sai do automático que vem vivendo até agora, como por exemplo: levou um fora do namorado, já acha que vai morrer solteira, o chefe não te cumprimentou quando passou por você no corredor , e você já acha que vai ser despedido, e por aí vai. Você está tendo só comportamentos automáticos.
Comportamentos automáticos não são escolhas, são prisões, e ninguém quer viver sem decidir por si mesmo como vai levar sua vida, mas é isso que a maioria está fazendo. Se teu chefe sorri pra você e te cumprimenta, você ganha o dia, mas se ele nem te olha, você passa o dia arrasado. O que você está fazendo com a sua vida? Você está entregando o controle dela para o seu chefe, é ele que está determinando como você vai se sentir o resto do dia. Você está só reagindo automaticamente, não está sendo um observador de si mesmo.
Pra você se livrar disso tudo um passo importante é você seja metacognitivo, que significa: pensar sobre os seus pensamentos, observar o que te passa na sua própria cabeça. Ser observador de si mesmo e aprender sobre si mesmo, se conhecer.
Observador de si mesmo é aquele que conscientemente, decide se afastar do seu comportamento habitual e passa a se conhecer.
Quer saber se você é do tipo que tem a vida que escolheu ter ou se está funcionando no automático? Ou seja, você é do tipo que leva a vida ou é do tipo que deixa a vida te levar? Você é dono das suas emoções ou é apenas um refém delas. O problema de deixar a vida te levar é que às vezes ela te leva pra onde você não quer ir, te leva pra onde não é bom pra você.
Pare um pouco agora e pense, você deixa de fazer coisas porque tem receio do que podem pensar de você? Fica louco da vida quando é cobrado? Você faz planos de vingança contra aquele que falou mal de você? Você deixa de almoçar naquele restaurante legal porque se acha gorda ou porque acha que você “não combina” com o lugar? Morre de raiva do colega de trabalho que faz menos que você e ganha a mesma coisa? Não gosta de ganhar presentes porque acha que vai ficar na obrigação de dar também? Deixa de ir à festa porque acha que lá só tem gente “aparecida”?
Se você respondeu sim a alguma dessas perguntas, é sinal que você está vivendo no automático, você não é dono dos seus sentimentos, você está deixando o outro controlar sua vida, você não é o dono de si mesmo.
Desligue seu cérebro do piloto automático e comece você a dirigir sua vida. Você está sendo reativo em vez de criativo. Como mudar? Trabalhando seu pensamento. Trabalhando sua intenção, treinando seu livre-arbítrio você se treina pra fazer escolhas mais inteligentes e mais conscientes.
Sempre me perguntam, o que é emoção? Porque tem horas que me sinto bem e outras me sinto muito mal? Você tem uma parte no seu cérebro que se chama hipotálamo, ele é a fabrica de compostos químicos que correspondem às emoções que a gente sente. Isso significa que cada emoção tem um composto químico associado, e quando as células do nosso corpo absorvem estes compostos químicos você tem o sentimento daquela emoção correspondente. Já ouviram falar que fulano não se deu bem com cicrano porque a química não bateu? Pois é, essa até que não é uma frase errada.
Porque temos emoções? Continuando a explicação pela base neurológica, as emoções são necessárias para você ter memória. Isto mesmo. Você só se lembra das coisas porque é capaz de sentir emoções. Você já deve ter percebido que uma coisa é mais memorável, você lembra mais dela quanto mais emocionante foi. O dia da sua formatura jamais será esquecida, mas o dia anterior da formatura você nem se lembre mais, foi só um dia qualquer, sem nenhuma carga emotiva.
É por isso que a psicologia chegou a conclusão que você só fixa em sua memória as situações que tem alguma carga emocional, quanto mais forte a emoção, mais você vai introjetar a informação.
É por isso que seus traumas são sempre causados por situações muitos fortes, emocionalmente fortes.
É legal a gente saber que ter essa ou aquela emoção depende de você, da sua cabeça. Ou seja a sua emoção depende de como você percebe, como você interpreta cada uma das coisas que te acontecem. É por isso que um pai muito bravo, exigente, não é garantia de que vai formar um filho neurótico, vai depender de como esse filho viveu emocionalmente estas situações com o pai, se ele não se abalou na época, achou que o pai era bravo porque queria o seu bem, sinal de que vai viver bem quanto a isso, mas se para ele foi muito doloroso ter tido esse pai, ele se sentia acuado, achava que o pai o desprezava e por isso brigava tanto com ele, aí sim, temos uma pessoa que vai passar o resto da vida sofrendo as conseqüências, se sentindo inferior, sem auto-estima, fazendo besteira na vida.
Tem como mudar isso. Claro que só continuará problemático se ele não se der a chance de rever essas emoções e não trabalhar todo esse material. Enquanto você não elaborar esse conteúdo interno você vai ficar preso a ele.
Por exemplo, a esposa que reclama que você chegou tarde, esta situação, como cada uma das situações da sua vida, você percebe, interpreta conforme a sua estória de vida, uma pessoa pode interpretar como uma coisa ruim, pois, pra ele, demonstra que a esposa não o entende, não quer que ele tenha amigos, e que ela o controla demais, mas para outro marido a interpretação pode ser totalmente outra, ele pode achar que o fato da esposa reclamar da demora pode significar que ela gosta dele e faz questão da sua companhia em casa, que ele é uma pessoa importante e que sua presença faz falta. O sentimento que vêm depois dessa bronca depende de como a pessoa interpretou o fato, pois assim que ela dá um significado a situação, o seu hipotálamo, que é a parte do cérebro responsável pelas emoções, injeta neuropeptídios na corrente sanguínea, e pronto, lá vem a sensação, o sentimento tanto de raiva, de alegria ou outro qualquer.
Perceberam onde está o problema? O problema está nas coisas que você foi vivenciando e agora você segue só reagindo no automático, parece que você já tem todas as respostas prontas dentro de você e quando acontece uma nova situação você reage como se ela já fosse sua velha conhecida, mas pode não ser, pode ser uma situação totalmente nova.
Por exemplo, uma pessoa que já tenha levado o cano de um namorado, ou que se sentiu abandonado pelos pais, não se sentiu cuidado, essa pessoa tem uma tendência muito maior a ver abandono em muitas outras situações, porque seu cérebro está reagindo de forma automática para as novas situações como se fosse aquela a mesma situação de rejeição do passado, este novo namorado só quer ter um tempo pra jogar futebol com os amigos, mas a namorada que carrega a rejeição dentro dela, vai se sentir abandonada e não aceita, não permite que esse namorado vá jogar futebol, até ele se irritar com a estória e dar um fim nesse namoro, aí a namorada diz: ”Tá vendo como eu tinha razão, ele não queria nada comigo mesmo”. Queria, queria sim, mas você não deu chance pra esse namoro acontecer. Dá pra gente entender aquelas pessoas que dizem que ela atrai homens que a rejeita por exemplo, ou só aparece gente que a cobra demais, ou pra onde quer que ela se vira aparece alguém agressivo. Por quê? Porque é sua cabeça que tem uma certeza de que vai ser rejeitada, magoada e ela mesmo se boicota e nem percebe que inconscientemente é ela que está colocando na sua vida pessoas sempre com o mesmo defeito.
Por isso é que em certos momentos da vida a gente se cansa, e não quer mais ficar patinando sempre nos mesmos problemas, e pra sair dessa você tem que se dar o direito de se observar, tornar consciente todo esse mecanismo que até agora tem sido automático, e aí sim você tem a oportunidade de mudar isso tudo. Reelaborar o seu automático é o próprio processo da terapia. A terapia serve para te reorganizar internamente, você desenvolve outra cabeça, e sua vida passa a ser diferente do que é hoje.
Se você quer evoluir como pessoa a dica : Identifique a limitação que está te incomodando e, aja conscientemente para alterá-la. Assim você pode superar todos os momentos angustiantes que já viveu, eliminar as angustias atuais, e se prevenir para nunca mais cair numa dessa.
Identifique qual a sua emoção repetida. É aquela que fica te dizendo: “Você não vai conseguir” Ou aquela que te diz “Você não consegue fazer nada direito” Ou a que diz “Você nunca vai ter amigos, você é muito desajeitado pra isso” ou “Você vai morrer solteira, ninguém te quer”.
Vamos trabalhar para que você possa tomar posse desse sentimento tão ruim e superar. Tomar posse é torná-lo consciente, aprender com ele, porque sempre tem uma lição que você deve aproveitar, e aí sim você consegue joga fora essa sensação de rejeição, ou de raiva, ou de ansiedade, o que for.
Vamos falar de dependências. Você se considera um dependente? Não, mas não mesmo?
Você é do tipo que morre de medo de errar? Tem medo de não conseguir entrar na faculdade, medo de não dar conta do trabalho, medo de ficar sozinho na festa. E de tanto medo você nem tenta nenhuma destas coisas. Ou por acaso você já prometeu que iria deixar de fazer uma coisa e dali a poucas horas se pegou fazendo de novo tudo igual, já se prometeu que nunca mais iria comer doce, até alguém te oferece um chocolate e pronto, acabou o regime. Já se prometeu que não iria mais bater de frente com aquele colega irritante do trabalho e dali a pouco lá está você afrontando o tal cara. Já prometeu que nunca mais iria brigar com o marido, mas a promessa acabou no primeiro sapato deixado no meio da sala? Prometeu que iria aproveitar o final de semana ao invés de ficar deitado no sofá 48 horas seguidas, mas ficou no sofá 48 horas?
Se você está fazendo coisas assim é porque você está dependente. Dependente de alguma emoção. Você está preso no mesmo pensamento e incapaz de pensar algo novo. Se você todo dia só lembra aquele ex-namorado que já se foi faz tempo. Todo dia acorda se achando feia, gorda, e inútil. Todo dia se arrasta pro trabalho, passa o dia feito um robô, e depois volta pra mesma rotina. Você está dependente.
Esses sentimentos se tornaram necessários pra você. Como? Você passou algum tempo dizendo pra você mesmo que você é incapaz, que nunca vai ter nada legal na vida. O que você fez? Você inundou seu cérebro com neuropeptídios que fazem você sentir mal. Seu corpo se acostuma com essa química, e passa a pedir cada vez mais, e quando você percebe que foi você mesmo que se colocou nestas situações.
Como por exemplo, aquela pessoa que vive com raiva do mundo, quanto mais raiva ela cria mais seu corpo vai pedir raiva, e com mais raiva ela vai ficar do mundo, morre de raiva porque lhe deram uma fechada no trânsito, morre de raiva porque tem fila no banco, morre de raiva porque não foi promovida, morre de raiva porque choveu, morre de raiva porque pedir favor todo mundo pede mas na hora de perceber que ela precisa de ajuda ninguém aparece, e por aí vai.
Ou aquela pessoa que sente que não tem valor e usa as outras pessoas pra compensar esse sentimento, se faz de coitada pra que os outros sintam pena, conta seus problemas pra Deus e todo mundo porque assim terá um monte de gente consolando. Esta pessoa se viciou nessas emoções para se sentir valorizada. Ela desenvolveu uma mentalidade de vítima.
Essa dependência emocional é que não te deixa sair desse buraco.
Se você não consegue controlar seu estado emocional é porque você está dependente dele.
Já perceberam como algumas pessoas contam as desgraças da sua vida com tanto ardor, com tanto gosto, e repetem e repetem a mesma estória, mas nunca fazem nada pra sair dessa, e ficam com uma cara que parece que sentem satisfação em ter problemas, você não está muito errado não, elas estão tão viciadas, gostam mesmo de ter problemas, elas se identificam com o problema, acaba fazendo parte da personalidade da pessoa. Ela não se reconheceria no espelho se não tivesse problemas. Isso é um vicio, um vicio estressante. Claro que estressa, você fica tão viciado que se torna incapaz de sair dessa sozinho, não consegue pedir demissão desse emprego horrível, não consegue sair desse relacionamento destrutivo, não consegue decidir a própria vida.
Como mudar isso? Se conhecendo, aprendendo sobre você mesmo, quais mecanismos estão te segurando no problema. Projetar uma nova vida. Observar a si mesmo e ver quais mudanças você precisa e aí ser persistente, muito persistente nesse projeto, e aceitar trabalhar nisso, pois você vai precisar de muito trabalho. Muita gente quer pó de pirlimpimpim. Mas isso não existe. O que existe é você descobrir qual o caminho certo, e prosseguir nele com determinação.
Precisa de ajuda? Ligue pra clinica pra você agendar sua consulta e nós te ajudamos nessa jornada, nós entramos com as técnicas e o apoio para teu crescimento. Minha linha de trabalho é a TCC, Terapia Cognitiva Comportamental, que parte do grupo das terapias breves pois trabalha focada no problema principal e daí vamos trabalhando um por um até você atingir toda sua meta terapêutica.
Reserve um tempo pra você, se de o direito pra pensar em você, e poder finalmente fazer as coisas diferentes da forma como vem fazendo.
E falando em vicio em emoções ruins, é o mesmo que acontece com os preconceitos. A maioria das pessoas não se considera preconceituosa porque pensa que preconceito é só não gostar de pessoas de outras etnias, outras raças. Mas preconceito também é olhar praquela pessoa bem vestida e chamá-la de metida. É claro que se você nem conhece a tal pessoa, você está associando a pessoa que está agora na sua frente com idéias pré formadas, e nem se deu o trabalho de revisar, você aceitou sem questionar que pessoas que cuidam bem do visual são pessoas frívolas, fúteis. Ou seja, você está se deixando levar pelo seu automático.
Ou talvez você seja inseguro e ache que esta pessoa seja melhor que você em alguma coisa, e para se defender de um ataque, que só aconteceu na sua cabeça, você já elimina a possibilidade de qualquer contato com ela. Ou seja você a rejeitou porque se sentiu rejeitado. Mas veja bem. Você foi preconceituoso.
Gandhi tinha uma frase que eu acho ótima: “Seja você a mudança que você quer no mundo”. Ou seja, se você acha que no seu mundo não há muitos amigos, seja amigo do mundo. Não deixe seu preconceito limitar sua vida.
Autorize a si mesmo a ser diferente do que você tem sido até hoje. Pra gente crescer, a gente precisa permitir pensar diferente. Porque se você ficar sempre com o primeiro pensamento que lhe vier à cabeça você vai continuar sendo sempre o mesmo.
Por exemplo: Você foi convidado pra ir ao sitio de um colega do trabalho. A primeira coisa que te passa na cabeça é: “Ele só quer carona no meu carro, se não fosse por isso nem lembraria de mim”. Pensando assim você fica com raiva e passa o final de semana em casa. Mas se você deixar vir um segundo pensamento, que poderia ser: “Que bom que ele está sem carro, assim apareceu esta oportunidade para firmar nossa amizade”. Pensando assim você vai para o passeio, se diverte e descobre como esse cara é legal, e só precisava de um empurrão pra iniciar uma amizade contigo. Se você se permitir ser mais flexível em seus pensamentos você pode ter uma vida totalmente nova.
O seu dia, a sua vida é moldada pelo seu pensamento. Trabalhe seu pensamento pra que você possa viver melhor. As pessoas passam a vida vendo só o que as suas crenças internas lhes permite ver. Se dentro dela tem medo, ela vai ver perigo em cada exame de rotina que o médico pediu pra fazer. Se dentro dela tem solidão, ela só vai a lugares onde ela possa ficar sozinha. Quando você aceita a possibilidade de coisas novas, você não vai passar batido por elas quando elas baterem na sua porta, você vai reconhecê-las e permitir que façam parte da sua vida.
Vejam esta frase de Buda: “Tudo o que somos é o resultado do que pensamos. A mente é tudo. Nós nos tornamos aquilo que pensamos”.
Enquanto você ficar só aí parado curtindo seu papel de vítima: “Como minha vida é horrível e injusta”, você pode até ganhar alguma coisa com isso, vai ganhar dó de alguns. Mas vai perde a oportunidade de observar o que você pode fazer pra ter uma vida diferente.
George Bernard Shaw tem uma frase ótima pra isso: “Quem tem sucesso é quem se levanta e procura as circunstancias que deseja e, quando não consegue encontrá-la, trata de criá-las.”

Todos, entretanto, têm um ponto em comum: estão sendo conduzidos por emoções muito ruins e não conseguem sair dessa situação sozinhos.
Vou contar pra vocês como e porque é que se cai nessas armadilhas. Primeiro vamos falar do cérebro. Vamos falar um pouco de neurociência, mais especificamente neuropsicologia.
Antigamente se pensava que nosso cérebro se desenvolvia até uma certa idade e depois se mantinha fixo pro resto da vida. O que imperava era o ditado: “Não se pode ensinar truques novos para cães velhos”.
Mas hoje já se sabe que o cérebro da gente se reestrutura o tempo todo. Cada vez que você vive uma emoção forte, as células do seu cérebro desenvolvem uma conexão, e essa conexão vai ficando cada vez mais forte conforme você repete aquela emoção, e vai ficando cada vez mais provável repetir aquela emoção porque você construiu uma conexão praquilo em seu cérebro. Isto é a aprendizagem. E quanto maior a emoção, mais forte fica a conexão.
Isso significa que se em algum momento da sua vida, por exemplo, você se sentiu vítima, cada vez que você repete o sentimento de vitima vai ficando cada vez mais fácil você se sentir vitima em novas situações, mesmo que você não tenha sido vitimado, ou seja mesmo que nada esteja acontecendo você vai se sentir vitima. Se você foi agredido algumas vezes, vai ser mais fácil sentir-se agredido, mesmo que não tenham sido tão agressivos assim com você. Isso é o que se chama memória associativa.
Você associa as coisas que estão acontecendo agora com você com as que aconteceram no passado, e muitas vezes não tem nada a ver uma coisa com a outra.
O problema dessa memória associativa é que quando a gente percebe algo que está acontecendo agora, no presente, a gente leva em conta a informação que já estava guardada em sua memória emocional e a gente passa a lidar com atual como se fosse o passado. É por isso que é fundamental fazer uma revisão dessas suas idéias, dessas crenças disfuncionais, dessas percepções e sentimentos ruins, porque aí sim, você vai mudar sua vida.
O que te ajuda a sair dessas emoções tão negativas é a revisão de seus pensamentos
A terapia serve pra isso, você repassa todas essas conexões e encontra os pressupostos que estavam enterrados e que estão disparando suas reações automáticas por meio desse processo chamado memória associativa.
É possível quebrar essas cadeias de associações, e a chave está na capacidade do nosso cérebro em formar novas conexões neurais. Por isso é importante saber que seu cérebro não está estacionado, ele pode formar novas redes neurais, ou seja novas idéias, novos conceitos e novas formas de perceber e interpretar o mundo, ou seja, se você é do tipo que se sente uma vitima, que não consegue falar em publico, ou fazer amizades, morre de depressão porque acha que vai morrer sozinho, que nunca vai encontrar um companheiro, ou o que for que você esteja vivendo, saiba que, com certeza, você tem condições de mudar isso tudo, mudando seus pensamentos você forma novas sinapses em seu cérebro e você passa a funcionar de uma nova forma e melhor.
Quando você coloca ordem em seu funcionamento cerebral você fica mais criativo, aprende mais rápido, melhora na escola, tem mais estabilidade emocional, tem reações mais rápidas e melhores, e a chave pra isso é trabalhar os seus pensamentos, rever suas crenças internas e reelaborar seu conteúdo mental. Assim você sai do automático que vem vivendo até agora, como por exemplo: levou um fora do namorado, já acha que vai morrer solteira, o chefe não te cumprimentou quando passou por você no corredor , e você já acha que vai ser despedido, e por aí vai. Você está tendo só comportamentos automáticos.
Comportamentos automáticos não são escolhas, são prisões, e ninguém quer viver sem decidir por si mesmo como vai levar sua vida, mas é isso que a maioria está fazendo. Se teu chefe sorri pra você e te cumprimenta, você ganha o dia, mas se ele nem te olha, você passa o dia arrasado. O que você está fazendo com a sua vida? Você está entregando o controle dela para o seu chefe, é ele que está determinando como você vai se sentir o resto do dia. Você está só reagindo automaticamente, não está sendo um observador de si mesmo.
Pra você se livrar disso tudo um passo importante é você seja metacognitivo, que significa: pensar sobre os seus pensamentos, observar o que te passa na sua própria cabeça. Ser observador de si mesmo e aprender sobre si mesmo, se conhecer.
Observador de si mesmo é aquele que conscientemente, decide se afastar do seu comportamento habitual e passa a se conhecer.
Você é do tipo que tem a vida que escolheu ter ou se está funcionando no automático?
Ou seja, você é do tipo que leva a vida ou é do tipo que deixa a vida te levar? Você é dono das suas emoções ou é apenas um refém delas. O problema de deixar a vida te levar é que às vezes ela te leva pra onde você não quer ir, te leva pra onde não é bom pra você.
Pare um pouco agora e pense, você deixa de fazer coisas porque tem receio do que podem pensar de você? Fica louco da vida quando é cobrado? Você faz planos de vingança contra aquele que falou mal de você? Você deixa de almoçar naquele restaurante legal porque se acha gorda ou porque acha que você “não combina” com o lugar? Morre de raiva do colega de trabalho que faz menos que você e ganha a mesma coisa? Não gosta de ganhar presentes porque acha que vai ficar na obrigação de dar também? Deixa de ir à festa porque acha que lá só tem gente “aparecida”?
Se você respondeu sim a alguma dessas perguntas, é sinal que você está vivendo no automático, você não é dono dos seus sentimentos, você está deixando o outro controlar sua vida, você não é o dono de si mesmo.
Desligue seu cérebro do piloto automático e comece você a dirigir sua vida. Você está sendo reativo em vez de criativo. Como mudar? Trabalhando seu pensamento. Trabalhando sua intenção, treinando seu livre-arbítrio você se treina pra fazer escolhas mais inteligentes e mais conscientes.
Sempre me perguntam, o que é emoção? Porque tem horas que me sinto bem e outras me sinto muito mal? Você tem uma parte no seu cérebro que se chama hipotálamo, ele é a fabrica de compostos químicos que correspondem às emoções que a gente sente. Isso significa que cada emoção tem um composto químico associado, e quando as células do nosso corpo absorvem estes compostos químicos você tem o sentimento daquela emoção correspondente. Já ouviram falar que fulano não se deu bem com cicrano porque a química não bateu? Pois é, essa até que não é uma frase errada.
Porque temos emoções? Continuando a explicação pela base neurológica, as emoções são necessárias para você ter memória. Isto mesmo. Você só se lembra das coisas porque é capaz de sentir emoções. Você já deve ter percebido que uma coisa é mais memorável, você lembra mais dela quanto mais emocionante foi. O dia da sua formatura jamais será esquecida, mas o dia anterior da formatura você nem se lembre mais, foi só um dia qualquer, sem nenhuma carga emotiva.
É por isso que a psicologia chegou a conclusão que você só fixa em sua memória as situações que tem alguma carga emocional, quanto mais forte a emoção, mais você vai introjetar a informação.
É por isso que seus traumas são sempre causados por situações muitos fortes, emocionalmente fortes.
É legal a gente saber que ter essa ou aquela emoção depende de você, da sua cabeça. Ou seja a sua emoção depende de como você percebe, como você interpreta cada uma das coisas que te acontecem. É por isso que um pai muito bravo, exigente, não é garantia de que vai formar um filho neurótico, vai depender de como esse filho viveu emocionalmente estas situações com o pai, se ele não se abalou na época, achou que o pai era bravo porque queria o seu bem, sinal de que vai viver bem quanto a isso, mas se para ele foi muito doloroso ter tido esse pai, ele se sentia acuado, achava que o pai o desprezava e por isso brigava tanto com ele, aí sim, temos uma pessoa que vai passar o resto da vida sofrendo as conseqüências, se sentindo inferior, sem auto-estima, fazendo besteira na vida.
Tem como mudar isso. Claro que só continuará problemático se ele não se der a chance de rever essas emoções e não trabalhar todo esse material. Enquanto você não elaborar esse conteúdo interno você vai ficar preso a ele.
Por exemplo, a esposa que reclama que você chegou tarde, esta situação, como cada uma das situações da sua vida, você percebe, interpreta conforme a sua estória de vida, uma pessoa pode interpretar como uma coisa ruim, pois, pra ele, demonstra que a esposa não o entende, não quer que ele tenha amigos, e que ela o controla demais, mas para outro marido a interpretação pode ser totalmente outra, ele pode achar que o fato da esposa reclamar da demora pode significar que ela gosta dele e faz questão da sua companhia em casa, que ele é uma pessoa importante e que sua presença faz falta. O sentimento que vêm depois dessa bronca depende de como a pessoa interpretou o fato, pois assim que ela dá um significado a situação, o seu hipotálamo, que é a parte do cérebro responsável pelas emoções, injeta neuropeptídios na corrente sanguínea, e pronto, lá vem a sensação, o sentimento tanto de raiva, de alegria ou outro qualquer.
Perceberam onde está o problema? O problema está nas coisas que você foi vivenciando e agora você segue só reagindo no automático, parece que você já tem todas as respostas prontas dentro de você e quando acontece uma nova situação você reage como se ela já fosse sua velha conhecida, mas pode não ser, pode ser uma situação totalmente nova.
Por exemplo, uma pessoa que já tenha levado o cano de um namorado, ou que se sentiu abandonado pelos pais, não se sentiu cuidado, essa pessoa tem uma tendência muito maior a ver abandono em muitas outras situações, porque seu cérebro está reagindo de forma automática para as novas situações como se fosse aquela a mesma situação de rejeição do passado, este novo namorado só quer ter um tempo pra jogar futebol com os amigos, mas a namorada que carrega a rejeição dentro dela, vai se sentir abandonada e não aceita, não permite que esse namorado vá jogar futebol, até ele se irritar com a estória e dar um fim nesse namoro, aí a namorada diz: ”Tá vendo como eu tinha razão, ele não queria nada comigo mesmo”. Queria, queria sim, mas você não deu chance pra esse namoro acontecer. Dá pra gente entender aquelas pessoas que dizem que ela atrai homens que a rejeita por exemplo, ou só aparece gente que a cobra demais, ou pra onde quer que ela se vira aparece alguém agressivo. Por quê? Porque é sua cabeça que tem uma certeza de que vai ser rejeitada, magoada e ela mesmo se boicota e nem percebe que inconscientemente é ela que está colocando na sua vida pessoas sempre com o mesmo defeito.
Por isso é que em certos momentos da vida a gente se cansa, e não quer mais ficar patinando sempre nos mesmos problemas, e pra sair dessa você tem que se dar o direito de se observar, tornar consciente todo esse mecanismo que até agora tem sido automático, e aí sim você tem a oportunidade de mudar isso tudo. Reelaborar o seu automático é o próprio processo da terapia. A terapia serve para te reorganizar internamente, você desenvolve outra cabeça, e sua vida passa a ser diferente do que é hoje.
Se você quer evoluir como pessoa a dica : Identifique a limitação que está te incomodando e, aja conscientemente para alterá-la. Assim você pode superar todos os momentos angustiantes que já viveu, eliminar as angustias atuais, e se prevenir para nunca mais cair numa dessa.
Identifique qual a sua emoção repetida.
É aquela que fica te dizendo: “Você não vai conseguir” Ou aquela que te diz “Você não consegue fazer nada direito” Ou a que diz “Você nunca vai ter amigos, você é muito desajeitado pra isso” ou “Você vai morrer solteira, ninguém te quer”.
Vamos trabalhar para que você possa tomar posse desse sentimento tão ruim e superar. Tomar posse é torná-lo consciente, aprender com ele, porque sempre tem uma lição que você deve aproveitar, e aí sim você consegue joga fora essa sensação de rejeição, ou de raiva, ou de ansiedade, o que for.
Vamos falar de dependências. Você se considera um dependente? Não, mas não mesmo?
Você é do tipo que morre de medo de errar? Tem medo de não conseguir entrar na faculdade, medo de não dar conta do trabalho, medo de ficar sozinho na festa. E de tanto medo você nem tenta nenhuma destas coisas. Ou por acaso você já prometeu que iria deixar de fazer uma coisa e dali a poucas horas se pegou fazendo de novo tudo igual, já se prometeu que nunca mais iria comer doce, até alguém te oferece um chocolate e pronto, acabou o regime. Já se prometeu que não iria mais bater de frente com aquele colega irritante do trabalho e dali a pouco lá está você afrontando o tal cara. Já prometeu que nunca mais iria brigar com o marido, mas a promessa acabou no primeiro sapato deixado no meio da sala? Prometeu que iria aproveitar o final de semana ao invés de ficar deitado no sofá 48 horas seguidas, mas ficou no sofá 48 horas?
Se você está fazendo coisas assim é porque você está dependente. Dependente de alguma emoção. Você está preso no mesmo pensamento e incapaz de pensar algo novo. Se você todo dia só lembra aquele ex-namorado que já se foi faz tempo. Todo dia acorda se achando feia, gorda, e inútil. Todo dia se arrasta pro trabalho, passa o dia feito um robô, e depois volta pra mesma rotina. Você está dependente.
Esses sentimentos se tornaram necessários pra você. Como? Você passou algum tempo dizendo pra você mesmo que você é incapaz, que nunca vai ter nada legal na vida. O que você fez? Você inundou seu cérebro com neuropeptídios que fazem você sentir mal. Seu corpo se acostuma com essa química, e passa a pedir cada vez mais, e quando você percebe que foi você mesmo que se colocou nestas situações.
Como por exemplo, aquela pessoa que vive com raiva do mundo, quanto mais raiva ela cria mais seu corpo vai pedir raiva, e com mais raiva ela vai ficar do mundo, morre de raiva porque lhe deram uma fechada no trânsito, morre de raiva porque tem fila no banco, morre de raiva porque não foi promovida, morre de raiva porque choveu, morre de raiva porque pedir favor todo mundo pede mas na hora de perceber que ela precisa de ajuda ninguém aparece, e por aí vai.
Ou aquela pessoa que sente que não tem valor e usa as outras pessoas pra compensar esse sentimento, se faz de coitada pra que os outros sintam pena, conta seus problemas pra Deus e todo mundo porque assim terá um monte de gente consolando. Esta pessoa se viciou nessas emoções para se sentir valorizada. Ela desenvolveu uma mentalidade de vítima.
Essa dependência emocional é que não te deixa sair desse buraco.
Se você não consegue controlar seu estado emocional é porque você está dependente dele.
Já perceberam como algumas pessoas contam as desgraças da sua vida com tanto ardor, com tanto gosto, e repetem e repetem a mesma estória, mas nunca fazem nada pra sair dessa, e ficam com uma cara que parece que sentem satisfação em ter problemas, você não está muito errado não, elas estão tão viciadas, gostam mesmo de ter problemas, elas se identificam com o problema, acaba fazendo parte da personalidade da pessoa. Ela não se reconheceria no espelho se não tivesse problemas. Isso é um vicio, um vicio estressante. Claro que estressa, você fica tão viciado que se torna incapaz de sair dessa sozinho, não consegue pedir demissão desse emprego horrível, não consegue sair desse relacionamento destrutivo, não consegue decidir a própria vida.
Como mudar isso? Se conhecendo, aprendendo sobre você mesmo, quais mecanismos estão te segurando no problema. Projetar uma nova vida. Observar a si mesmo e ver quais mudanças você precisa e aí ser persistente, muito persistente nesse projeto, e aceitar trabalhar nisso, pois você vai precisar de muito trabalho. Muita gente quer pó de pirlimpimpim. Mas isso não existe. O que existe é você descobrir qual o caminho certo, e prosseguir nele com determinação.
Precisa de ajuda? Ligue pra clinica pra você agendar sua consulta e nós te ajudamos nessa jornada, nós entramos com as técnicas e o apoio para teu crescimento. Minha linha de trabalho é a TCC, Terapia Cognitiva Comportamental, que parte do grupo das terapias breves pois trabalha focada no problema principal e daí vamos trabalhando um por um até você atingir toda sua meta terapêutica.
Reserve um tempo pra você, se de o direito pra pensar em você, e poder finalmente fazer as coisas diferentes da forma como vem fazendo.
Preconceitos
E falando em vicio em emoções ruins, é o mesmo que acontece com os preconceitos. A maioria das pessoas não se considera preconceituosa porque pensa que preconceito é só não gostar de pessoas de outras etnias, outras raças. Mas preconceito também é olhar praquela pessoa bem vestida e chamá-la de metida. É claro que se você nem conhece a tal pessoa, você está associando a pessoa que está agora na sua frente com idéias pré formadas, e nem se deu o trabalho de revisar, você aceitou sem questionar que pessoas que cuidam bem do visual são pessoas frívolas, fúteis. Ou seja, você está se deixando levar pelo seu automático.
Ou talvez você seja inseguro e ache que esta pessoa seja melhor que você em alguma coisa, e para se defender de um ataque, que só aconteceu na sua cabeça, você já elimina a possibilidade de qualquer contato com ela. Ou seja você a rejeitou porque se sentiu rejeitado. Mas veja bem. Você foi preconceituoso.
Gandhi tinha uma frase que eu acho ótima: “Seja você a mudança que você quer no mundo”. Ou seja, se você acha que no seu mundo não há muitos amigos, seja amigo do mundo. Não deixe seu preconceito limitar sua vida.
Autorize a si mesmo a ser diferente do que você tem sido até hoje. Pra gente crescer, a gente precisa permitir pensar diferente. Porque se você ficar sempre com o primeiro pensamento que lhe vier à cabeça você vai continuar sendo sempre o mesmo.
Por exemplo: Você foi convidado pra ir ao sitio de um colega do trabalho. A primeira coisa que te passa na cabeça é: “Ele só quer carona no meu carro, se não fosse por isso nem lembraria de mim”. Pensando assim você fica com raiva e passa o final de semana em casa. Mas se você deixar vir um segundo pensamento, que poderia ser: “Que bom que ele está sem carro, assim apareceu esta oportunidade para firmar nossa amizade”. Pensando assim você vai para o passeio, se diverte e descobre como esse cara é legal, e só precisava de um empurrão pra iniciar uma amizade contigo. Se você se permitir ser mais flexível em seus pensamentos você pode ter uma vida totalmente nova.
O seu dia, a sua vida é moldada pelo seu pensamento. Trabalhe seu pensamento pra que você possa viver melhor. As pessoas passam a vida vendo só o que as suas crenças internas lhes permite ver. Se dentro dela tem medo, ela vai ver perigo em cada exame de rotina que o médico pediu pra fazer. Se dentro dela tem solidão, ela só vai a lugares onde ela possa ficar sozinha. Quando você aceita a possibilidade de coisas novas, você não vai passar batido por elas quando elas baterem na sua porta, você vai reconhecê-las e permitir que façam parte da sua vida.
Vejam esta frase de Buda: “Tudo o que somos é o resultado do que pensamos. A mente é tudo. Nós nos tornamos aquilo que pensamos”.
Enquanto você ficar só aí parado curtindo seu papel de vítima: “Como minha vida é horrível e injusta”, você pode até ganhar alguma coisa com isso, vai ganhar dó de alguns. Mas vai perde a oportunidade de observar o que você pode fazer pra ter uma vida diferente.
George Bernard Shaw tem uma frase ótima pra isso: “Quem tem sucesso é quem se levanta e procura as circunstancias que deseja e, quando não consegue encontrá-la, trata de criá-las.”
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