segunda-feira, 2 de março de 2015

O que é Resiliência Psicológica?



Resiliência significa voltar ao estado normal, e é um termo derivado do latim resiliens. Resiliência possui diversos significados para a área da Psicologia, Administração, Ecologia e Física.
Para a Psicologia, a resiliência é a capacidade de uma pessoa lidar com seus próprios problemas, vencer obstáculos e não ceder à pressão, seja qual for a situação. Resiliência é a capacidade de voltar ao seu estado natural, principalmente após alguma situação crítica e fora do comum. A resiliência demonstra se uma pessoa sabe ou não funcionar bem sob pressão. Em outras palavras, a Psicologia pegou emprestada a palavra, criando o termo resiliência psicológica para nomear o modo como as pessoas respondem às frustrações diárias, em todos os níveis, e sua capacidade de recuperação emocional. Ou seja, quando mais resiliente você for, mais fortemente estará preparado para lidar com as adversidades da vida.
Embora exista certa polêmica quanto aos indicadores de uma boa resiliência, não se acredita que ela seja resultado do caráter ou de personalidade, mas sim o resultado de um processo de aprendizagens de vida. Portanto, todos nós estamos aptos a desenvolvê-la.
A resiliência deve ser desenvolvida desde a infância, alguns pais e avós querem “poupar” a criança das dificuldades ou problemas cotidianos, mas encarar alguns desafios e superar dificuldades é treino de habilidades resilientes! Se as crianças forem sempre poupadas quando crescem, elas não conseguirão apresentar repertórios adequados de enfrentamento aos problemas e, assim, perderão a habilidade de atravessar as situações de crise de maneira construtiva. Essa falta de habilidade faz com que reajam em excesso, aumentando assim o tamanho das adversidades (fazendo drama) ou, o oposto, agindo de maneira passiva, permanecendo anestesiados frente aos dilemas, perpetuando-os.
Este aprendizado é referente a capacidade de enfrentamento da pessoa, em todas as adversidades, ou seja, em todos os problemas que eventualmente surgirão em nossas vidas podemos nos posicionar de duas maneiras:
1. Há uma interpretação negativa dos fatos, assim, entendemos que as coisas ruins que acontecem a nós estão fora de nosso campo de ação, pois não temos a responsabilidade por sua ocorrência. Nesta posição, como não temos controle do acontecido, não temos nenhuma atitude de mudança. E acabamos assumimos uma postura de vítima das circunstâncias da vida.
2. A segunda possibilidade é a interpretação mais ativa dos fatos, ou seja, podemos assumir que parte dos problemas e das dificuldades que vivemos, única e exclusivamente respeito a nossa forma de agir no mundo, e portanto, entendemos que possuímos alguma responsabilidade sobre o fato. Assim, quando eu me vejo parte integrante do problema e pelo que acontece a minha volta, recupero a possibilidade de mudar as coisas que não me fazem bem.
Um ótimo exemplo deste segundo posicionamento pode ser compreendido através do ditado: “não importa o que fizeram conosco, mas sim o que fazemos com aquilo que fizeram de nós”.
E qual o seu posição? A de vítima ou a de responsável pela sua vida?
O que é Resiliência Psicológica?
10 dicas para Construir Resiliência
1- Mantenha um bom relacionamento com familiares, amigos e pessoas significativas! Conversar com os outros nos dá sensação de pertencimento a um grupo. Não tem muitos amigos? Escolha pelo menos uma pessoa e divida com ela suas dificuldades. Exercite a confiança!
2- Ouça as opiniões dos outros! Um ponto importante que vai ajudar a treinar sua resiliência é participar de grupos de apoio e saber ouvir opiniões.
3- Se expresse! Saber expressar o que você está sentindo é imprescindível. Ao fazer isso constantemente, conversando com alguém de confiança, você vai aprender a descrever o que sente cada vez melhor.Não quer falar com ninguém? Então, “faça arte”. Pinte, fotografe e escreva poesias, pois são formas alternativas de expressar os sentimentos e de se conhecer melhor.
4- Saia do casulo! Aprenda a ajudar os outros também. Uma das formas mais eficazes de superar seus problemas é tentar ajudar outras pessoas a resolverem os seus. Ser o ombro amigo de alguém ou mesmo se engajar em trabalhos comunitários pode ser muito útil.
5- Exercite sua perspectiva! O problema que você está enfrentando pode não afligir somente a você. Essa é uma perspectiva a ser abordada, sempre. Coloque-se no lugar do outro e pense em como ele reagiria à situação. Você poderá se surpreender com insights que nunca havia considerado!
6- Cuide de si mesmo: certifique-se de sempre estar de bem consigo mesmo, seja física ou mentalmente. E durma bem, sempre. Um sono saudável é importantíssimo em qualquer fase da vida.
7- Fuja para casa de vez em quando: quanto mais velho, mais escolhas você tem que fazer. Mas lembre-se: sua casa deve ser seu porto-seguro. Fazer com que as atividades caseiras sejam parte da sua rotina diária é algo que pode trazer uma expressiva sensação de conforto (afinal são suas coisas, seu espaço e sua família).
8- Não espere que os outros resolvam os problemas por você: pode ser difícil, mas dê um passo de cada vez e aguarde a passagem do tempo para que tudo volte ao normal. Lembre-se que os problemas têm um fim. Dificilmente eles irão acompanhá-los para o resto da vida. Para lidar melhor com eles, você pode também aprender técnicas que ajudam no relaxamento da sua mente (isso quer dizer menos ansiedade e estresse). Caminhar, ouvir música, nadar, várias outras coisas podem contribuir para a resolução de seus problemas.
9- Seja grato! Nos momentos de crise, lembre-se das coisas boas que já possui. Ter uma atitude positiva sempre ajuda a balancear os sentimentos negativos, diminuindo-os ou até extinguindo-os!
10- Faça planos realistas de ação: liste os passos ou as atitudes a serem tomadas para solucionar seus problemas tomando por base suas competências. Listar ações nos ajuda a visualizar os passos a serem tomados nos momentos de crise, ajudando-nos. Se não se sentir capacitado, busque ajuda, sempre!
Espero que você treine sua resiliência, pois ela será uma grande aliada em seu caminho de construção da sua educação financeira.
Leia e comente!
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